19 fevereiro 2006

Carnaval da Glória



Aveiro é uma terra cheia, de coisas lindas e coisas destas.
Vejam a alegria, a postura, do desfile de carnaval da Paróquia da Glória.
Só não vi o senhor padre, mas era capaz de ser o gajo do tambor que se estava a babar para as miúdas da pele de galinha.
Foi lindo.

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15 fevereiro 2006

Eu é que mando


Continuando a divulgar a febre legislativa que caracteriza quem nada respeita, lembrei-me dos quilos de tinta que se gastam em Aveiro.
É a febre-amarela, só pode. São quilos e quilos de tinta amarela que os responsáveis pelo planeamento de trânsito da cidade consomem. Eu até já acredito que alguém ande a fornecer os serviços e a ganhar uns trocos por fora.
Descendo à parte velha da freguesia da Vera Cruz, de preferência a pé, damos conta deste fenómeno. È o fenómeno da tinta amarela apoiado na força do quem manda sou eu.
Saindo da Praça do Peixe são ruas e mais ruas onde o alcatrão é debruado a linhas amarelas, dos dois lados. Não há qualquer local onde se possa parar um carrito legalmente, não há qualquer critério, ele é pintar até fartar.
Quem pode, ou seja o senhor que diz para si mesmo, eu é que mando, decide colocar traços a amarelos por toda a parte baixa da cidade, mas todinha e já está. Não importa se condiciona ou não o transito um automóvel parado em determinado local da rua, tem traço e mais nada. Quem lá vive? Que se lixe, não devia ter carro.
Calma, esta febre legislativa apoiada na febre-amarela não é assim tão nefasta, é que os traços só os vemos com algum esforço e atenção. Eles estão lá, vivinhos da costa, mas ninguém lhes liga. Todos param sobre os mesmos, onde dá mais jeito e estorva menos, utilizando aquilo que os legisladores e os homens do pincel não utilizam, o bom senso.
Pintar eles pintam, mas são mais uns traços surrealistas a espicaçar a paisagem, ninguém lhes liga.
Um bom exercício para quem legisla e para quem manda pintar será estudar bem as matérias e antes de começar a distribuir tinta amarela a torto e a direito, pensar que a sua função é facilitar a vida ao cidadão, organizar o que espontaneamente pode ser desorganizado.
Ou será que eu não percebi e a função destes traços contínuos em toda a baixa da cidade servem simplesmente para quando lhes dá na gana, ou a facturação está em baixo, lançarem para as ruas os senhores agentes da policia municipal quem em dosi ou três dias enchem o cofre da casa? Sei lá eu já vi cada coisa.

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14 fevereiro 2006

As Reservas


O Instituto de Conservação da Natureza já elaborou A Carta de Desporto de Natureza do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina , é um feito.
Grupos de passeantes com mais de cinco pessoas têm de pedir licença ao ICN para darem umas voltas no parque. Bicicletas nem pensar. Escalada? Não se pode fazer que caiem as falésias. Surfar umas ondas, não pense que é mais fácil, antes deve pedir atempadamente a sua autorização ao ICN assim como os seus amigos que das canoas do body-board do windsurf .
Para tudo é preciso licença, vamos conservar a Costa Vicentina ao mesmo tempo que conservamos os ordenados de toda aquela cambada.
Uma senhora advogada que é uma das responsáveis pelo projecto disse “assim estamos a permitir que a natureza seja utilizada de forma controlada. Ainda bem, com legislação assim tudo fica controlado, como no Parque da Arrábida por exemplo, onde pouco ficou de fora das proibições. O que ficou? A saber: extracção de pedra, deposição de entulhos, construções de luxo, a própria Cecil que é um atentado na serra, mas ninguém quer ver.
A limitação da pesca desportiva ou artesanal na zona do Parque Marinho da Arrábida também não se entende quando a poucas milhas do lado norte do Cabo Espichel continuam a fazer pesca de arrasco a poucos metros da costa e à frente de todos.
Irá ser o mesmo com a Costa Vicentina? Até ver as pistas que temos, os barcos de arrasto já os vi por lá, vai ser.
Para acabar lembro que da minha janela vejo S. Jacinto, bem chegadinha a Aveiro mas tão longe. Aqui também temos Reserva Natural. Aqui obrigamos os residentes a um isolamento horrível. Em nome da protecção da natureza obrigamos quem lá nasce e quem lá mora a viver no passado, a quem um simples acesso por ponte é negado. São uns heróis, como os índios que os norte-americanos colocaram em reservas para serem visitados aos fins-de-semana por famílias sedentas de conhecer bem os seus antepassados. Isolamento absurdo, todos os dias pagam para que todos nós possamos desfrutar de um passeio ao fim de semana ou nas férias.
Vamos lá como dizia a sra. Advogada utilizar a natureza de forma controlada, ou seja, VAMOS RIR.

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10 fevereiro 2006

Taras e manias


Na passada Terça-Feira a MRF lançou um desafio aos macho-bloggers do distrito para desvendarem os seus hábitos estranhos.
Após vários dias de meditação passo a enumerar os meus:
1. Nunca sair de casa sem cinto, sei que muitas vezes não faz falta que nem se vê, mas que posso fazer, é assim;
2. Acreditar que depois explicarr a alguém a diferença entre tecno, house e trance todos ficam a gostar mais de trance;
3. Cortar as unhas em frente, ou ao lado, de outra pessoa, é um acto íntimo;
4. Tenho horror a quer me mexam nas gavetas, não tenho lá nada escondido mas fico com os pelos todos a pé;
5. Gostar de ir de férias várias vezes ao mesmo local;
Aqui ficam os meus hábitos mais ou menos estranhos, condicionados pelo facto das minhas filhas andarem a ler o meu blog, não fora isso eu dizia as minhas verdadeiras taras. Que se lixe vou mesmo dizer:

1. De manhã, durante o duche, tenho o hábito de fazer queimaduras com água a ferver em locais estratégicos. Por exemplo na cintura, para que o cinto das calças me incomode durante todo o dia até fazer feridas purulentas.
2. No intervalo do almoço gosto de me vestir de Abelha Maia e ir para a porta do Jardim de Infância assustar as crianças com uma navalha de ponta em mola. É muito divertido.
3. Para variar, por vezes almoço mesmo. Vou a um restaurante, parto acidentalmente o copo ou mesmo a garrafa e tento engolir todos os pedaços de vidro. É giro quando começam as hemorragias, toda os clientes se divertem imenso.
4. Por vezes faço algumas sugestões à empregada, tipo tirar as cuecas e lavá-las na sopa que serve aos clientes. Algumas alinham.
5. Quando chego a casa, para terminar o dia, vigio os vizinhos da frente, um casal de 80 anos. Gosto de lhes pôr cartinhas na caixa do correio contando com todo o detalhe tudo o que fizeram e fazendo ameaças. Essa parte também é muito divertida.

Como vêem, nada de mais... sou uma pessoa banal.

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06 fevereiro 2006

Aveiro

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Eu gosto muito desta terra.
Um ano depois de aqui chegar estou grato pela forma como fui recebido, pelas pessoas e pela cidade.
Gostar de Aveiro é olhar com olhos de ver, sem ideias formadas, sem tábus. Aplaudir o belo e dizer não ao que pode se melhor.
A cidade merece e eu que a adoro também.

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Eu vou voltar

Por estas bandas anda a fermenter uma nova grelha, como nas tevês, para o ano de 2006. Ou seja, eu vou voltar.

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