30 junho 2005

P465

Hoje, mais um passo para a felicidade.
Olhar o céu.

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29 junho 2005

Choque Tecnológico


(foto muito in)


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Se houve pessoas que procuraram estas coisas e vieram parar aqui, ainda
alguém duvida daqueles projectos para ensinar o pessoal a utilizar a
internet? Eu não, mas só procuram estas merdas porquê?
Se souberem expliquem-me que o meu neurónio não chega lá sozinho.

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26 junho 2005

Numa avenida de merda

Após um doloroso processo de guerrilha entre mim e a inércia, aqui vai a minha participação no Numa Avenida de Merda, the contest.
O Bagaço Amarelo deu a ideia e eu relembrei uma avenida que conheço muito bem, aqui fica.





Subo à superfície. A estação do metro emerge no meio da avenida, as folhas verdes contrastam com o preto irregular do chão.
Para quê subir se posso descer? É mais fácil, ideal para quem se quer deixar levar.
Os carros passam rápidos, barulhentos, deixando para trás o preto irregular, tudo é uma miragem, horrível.
Esta avenida, como todas as avenidas, é uma invenção. Tem estátuas que ninguém vê, pequenos lagos com patos que ninguém alimenta, esplanadas vazias de gente e sombras frescas que ninguém utiliza.
Não se passeia na avenida, é demasiado grande, é vazia de utilidade.
A avenida é só uma ligação para vários locais interessantes.
Gente na avenida é lá para baixo, é o que se lê nos olhos dos soldados estreantes. Pois é, vão no sentido certo. Adivinho o entusiasmo criado pelas saias curtas e lábios pintados de fresco nos mancebos. É lá para baixo, já perto do Ritz Club que as saias se encurtam e os corpos se agitam em demonstrações de hipotéticas aventuras. Olhos abertos a partir daqui. Vão à procura de carne onde se possam esfregar que o acto é solitário mas com utilização de corpo alheio.
A avenida utiliza o seu corpo para dar prazer a quem desce, é como elas lá ao fundo.
Os Restauradores, final da avenida.
Turistas com os olhos rasgados tiram fotografias desesperadas, são como abutres. Só nos deixam a alma.
Olho à direita e tenho a ligação da avenida ao Bairro Alto, a confusão do quiosque a abarrotar de jornais empurra-os para o elevador da Glória. Respiram fundo e atacam as escadinhas, que elevador é coisa de turista.
Na avenida aliviaram o corpo, no Bairro Alto vão aliviar a alma.
As avenidas são ligações entre locais interessantes, só isso.

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21 junho 2005

Só se confunde quem quer




No seguimento do post anterior e dos comentários que originou, muito em particular por alguém que assina Democrata, aqui vai:

Caro democrata, creio que não terá um blogue onde espelhe as suas ideias, senão seguramente o colocaria no seu endereço, mas olhe que é pena.
Vamos ao seu discurso, algo coerente mas pouco convicto de si mesmo.
Quando se ataca a ideologia de esquerda como se daí viessem todos os males do mundo é necessário, fundamental mesmo, situarmos os factos num espaço temporal.
O passado teve erros que em boa verdade não orgulham muitos de nós, até mesmo Álvaro Cunhal seguramente não repetiria muito do que fez no passado, mas só aprendemos com eles. Há quem não aprenda, lembra-se do Vietnam? Será que o povo americano aprendeu?
Ser de esquerda em Portugal ou na Europa hoje não é o ser estalinista, nem maoista. Esta é uma afirmação que facilmente se pode comprovar, assim parece-me perfeitamente fora de contexto as afirmações.
"É disso que vocês são adeptos, de políticas que apenas espantaram o mundo pelos seus métodos de tortura, manipulação e tortura. Adeptos de partidos e ideologias que sempre se moveram na censura e no saneamento político, dar vivas ao PCP, dar vivas à extrema esquerda em nada enobrece quem crítica a extrema direita. Em pleno século XXI, o erro subsiste e vocês continuam a viver nele."
São suas estas palavras, contudo se substituir a palavra PCP por George Bush e trocar a direita com a esquerda, não encontra o retrato perfeito do regime liberal norte americano do momento?
Não podemos confundir coisas tão distintas como um regime de direita que pretende entre outras coisas perpetuar o poder dos ricos e influentes sobre os que nunca nada tiveram, com um ideal de justiça e igualdade rasante à sociedade que pretende acabar, senão pelos menos atenuar, com os privilégios de uma minoria sobre uma imensidão de mão de obra barata.
O tecido social alterou-se profundamente. Já não se fazem greves por comida como nos anos 50, hoje as necessidades básicas estão quase garantidas para todos, quase. Mas será que chega? Será que depois de se conquistar o pão se perde o direito de exigir mais? Não são proletários os que vendem a sua mão de obra todos os dias? Pronto, já poucos se consideram proletários, mas que diferença faz? Nenhuma e toda meu caro. Podemos chamar o que quisermos a quem trabalha por conta de outrem, o nome não importa, tanto faz, continuam a ser pessoas dependentes de salários que por sua vez são dependentes de estruturas que não controlam. Muitos dependem da vontade de poucos. A diferença, a que faltava, é que já não é preciso usar uma camisa aos quadrados e de tecido grosso para se ser de esquerda e isso confunde quem não consegue distinguir quem é quem.
Não podemos, em nome de erros de passado confundir alhos com bugalhos por muito que dê jeito à direita
O discurso do complexo de esquerda já deu o que tinha a dar, já tem uns anitos, mas também o que nos dá a direita para além da ilusão de que numa democracia tudo é possível e que num regime liberal quem tem unhas toca viola? Dá, dá o totomilhões o totoloto e coisas do género, o sonho dos sonhos de quem não quer ser proletário. Mas isso também é só uma palavra.
Por tudo isto, a sua frase:
" É evidente que Cunhal foi uma figura do século XX português, mas foi também um inimigo da implantação da democracia em Portugal", não pode mesmo ser levada a sério, só mesmo para me fazer rir.

Nota: Todos temos unhas, só alguns têm viola.

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17 junho 2005

Já está

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Sábado em Lisboa mais propriamente no Rossio vai haver manif de braço no ar.
Já está autorizada. Somos um povo muito democrático. Viva Portugal.

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15 junho 2005

Profes


Está de rastos. Como é o primeiro ano, são 22 horas por semana a dar aulas. Coitada.


Recebi este denúncia por email e não quero deixar de a partilhar com todos vós.

Imaginem que tinham um emprego em que, mesmo sem estarem de férias, podiam ficar em casa vários dias seguidos ou que, na pior das hipóteses, teriam que se apresentar de vez em quando durante duas ou três horas diárias, podendo passar o resto do tempo à sombra da bananeira.
Imaginem que, durante esse tempo de "borla" extra, vos obrigavam a fazer um trabalho no âmbito do vosso emprego e que vocês respondiam que só o faziam se recebessem uma verbazinha suplementar além do ordenado normal que já recebiam para não fazer nada.
É bom não é?
Pois é precisamente isso que acontece com os professores, que recebem um pagamento extra para corrigirem os exames nacionais do secundário, ou seja, para fazerem um trabalho que se encontra dentro do seu conteúdo funcional normal numa altura em que já não têm aulas para preparar e dar: Corrigir provas.
No presente ano e na sequência das medidas de contenção a que todos nós, os desgraçados do costume, estamos a ser sujeitos, o governo decidiu retirar o pagamento dessa verba relativamente aos exames do 9. ano. E já está a serum "Aqui d'el Rei" com ameaças de greve para os dias dos exames nacionais que só vão prejudicar os alunos que querem entrar para a universidade ou que pura e simplesmente querem terminar o ensino secundário, ou seja, os nossos filhos.
Os professores querem convencer a opinião pública de que estão a ser perseguidos e injustiçados, quando na verdade o que o governo deveria ter feito era retirar todas as verbas pagas para correcção de exames nacionais, fosse a que nível fosse. Gasta-se por ano muito dinheiro do Orçamento do Estado (que é de todos nós) a pagar a professores para estarem a fazer o seu trabalho normal. Mais ninguém tem uma regalia destas!
Por isso, sugere-se que todos os contribuintes que se sentem o "corno"nesta história toda, tomem as seguintes iniciativas:
* Escrevam para o gabinete do Primeiro Ministro (o que pode ser feito entrando nesta página http://www.portugal.gov.pt/Portal/PT/Geral/Contactos), exigindo igualdade. Ou todos os trabalhadores deste país passam a ter o direito de exigir mais dinheiro para se dignar tirar o rabo da cama e fazer qualquer coisa, ou esse direito deve ser também retirado aos professores, que com estas atitudes só estão a dar péssimos exemplos àqueles que deviam educar: os jovens e futuros trabalhadores deste país.
* Exijam satisfações na escola dos seus filhos caso lhe venham com a tretade estarem em greve por este motivo, prejudicando o percurso educativo dos alunos.
Os cidadãos que pagam não podem aceitar isto!

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14 junho 2005

Para sempre




O retrato fica cheio de luz
daquela que me faz brilhar os olhos.
Num instante imagens projectam-se no ar
sem sequência lógica aparente
rápidas, luminosas na sua vertigem.
As palavras foram ditas assim,
ouvi-as directamente da tua boca.
Confundo-te com um tempo crédulo
encantado.

Agora é assim, tão triste.

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10 junho 2005

Viagem ao Cinema

Quarta-feira, jantar cedo que é dia de ir ao cinema.
Com o encerramento do cinema do C.C. Oita em Aveiro, ficámos reféns de dois aglomerados de salas de pipocas e diversão. São várias, mas a apresentar sempre o mesmo, ou seja em catorze salinhas para ver cinema podemos escolher entre seis ou sete películas. É mau. Mas há o Cineclube de Aveiro que tem programação no Teatro Aveirense.
Antes de sair de casa vamos ver a sinopse do filme, La niña Santa, ao site oficial, que passo a transcrever na íntegra.

"É Inverno na cidade de La Ciénaga. Depois dos ensaios do coro, as raparigas reúnem-se na igreja para falar sobre temas da doutrina. As conversas são sobre a vocação: "O que quer Deus de mim?" "Como distinguir entre a tentação do Diabo e o chamamento de Deus?"“Tínhamos catorze ou quinze anos. O mundo tinha a medida exacta das nossas paixões. A intensidade das ideias religiosas e o descobrimento do desejo sexual tornava-nos vorazes. Éramos implacáveis nos nossos planos secretos. À nossa volta, a vida despia-se mais rápido do que nós, na sua complexidade. Estávamos alerta porque tínhamos uma missão santa, mas não sabíamos qual era. Cada casa, cada passeio, cada quarto, cada gesto, cada palavra, precisava da nossa vigília. O mundo era monstruosamente belo."





Ficámos curiosos e lá fomos apressados que a estas coisas não gostamos de chegar tarde.
Depois da compra dos bilhetes para o filme aproveitámos para comprar ingressos para o concerto de Wim Mertens que se vai realizar na próxima semana. Pergunto se o concerto é a solo ou se o Wim Mertens traz alguma banda de apoio, ou mesmo uma orquestra. Resposta: Ele vem interpretar o mais recente disco Un respiro e não sei mais nada, então é como no disco. OK, não fiquei nada esclarecido mas lá pedi os dois bilhetes. Só temos balcão e poucos bilhetes, informa a funcionária. Mas então ninguém sabe o que o homem traz na bagagem e já não há bilhetes? Sinto-me um bocado mal, na volta estas coisas servem para dar ar aos visons e trajes do género e eu é que estou para aqui armado em esquisito a querer saber o que o homem vem cá fazer. O melhor mesmo é nem pensar muito nisso, adiante.
Perto das 9:25h tentámos entrar na sala e fomos informados de que teríamos de esperar pelo sinal sonoro, esperámos. Já passavam 5 minutos da hora quando soou o tal gongo e lá nos sentámos. Sala quase vazia o que nos permitiu ficar mais ou menos a meio e ao fundo, o que se viria a revelar fatal. Começa a projecção, completamente desfocada de tal forma que se tornava difícil ler as legendas. Após algumas tentativas a coisa lá melhorou sem nunca ter passado do mau, já que a imagem ou estava focada do lado direito ou do lado esquerdo, nunca conseguiram focá-la e bem que tentaram, durante bastante tempo.
Durante a projecção, algo viva devido às tentativas de focagem, ouvia-se sempre uma conversa em fundo. Os momentos de silêncio ficavam estranhos ao se ouvir um zumbido bem animado sempre em fundo, foi quando percebi que na cabina de projecção estavam dois senhores em agradável conversa. Que grande porra. Incomodado com o burburinho lá tive de ir bater no vidro da cabine quando os ânimos dos senhores os impeliam para um discurso mais sonoro. Que grande porra.
O filme: Leram a sinopse que está acima? OK, então não tem a ver com nada, mas nisto de artistas sei lá, vá lá a gente entendê-los.
Ainda vou fazer mais umas tentativas de noites de CCA, logo veremos como correm.

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07 junho 2005

Tenho de ler este livro, tenho mesmo.



Depois logo se vê.

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01 junho 2005

Si Si cariño ......me los pistones

A Didas fez o favor de me passar esta correntezinha e palavra de honra, eu só lhe estou a responder porque para além de dormir com ela todas as noites até a adoro. Porque pela trabalheira que me deu, francamente, hás-de cá vir de costas.

Tamaño total de los archivos de música en mi ordenador?
Zero, não consigo gerir a ideia de me deleitar com as criações alheias sem retribuir, ou seja a pirataria é uma merda.

Último disco que me compré:
A semana passada encontrei uma relíquia da Virgínia Ashley, FROM GARDENS WHERE WE FEEL SECURE, o LP já está muito velhinho.

Canción que estoy escuchando ahora:
Ruído de fundo vindo de uma televisão mesmo ao lado da minha orelha esquerda.


5 canciones que escucho un montón o que tienen algun significado para mí:

- Aretha Franklin - I Never Loved A Man The Way I Love You

- The Smiths, I Know Its Over

- Robert Wyatt, Alien

- Philip Glass, The Hours - ORIGINAL SOUNDTRACK

- John Cale, Look Horizon


Y como no quiero ser menos que mi predecesor, aquí lanzo el testigo a otros 5 bloggers:

Covinhas
Batatas
Tiago
Saltapocinhas
K@

Ahora tenemos de esperar, tranquilitos.

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