27 fevereiro 2004

Tolerância



A oportunidade deste post pode ser nenhuma mas não resisto à minha vontade de atirar isto cá para fora.
Sinto algum orgulho por cada vez mais as grandes causas, as pequenas causas ou mesmo só as opiniões pessoais poderem ser discutidas abertamente, não só aqui nos nossos (?) blogues mas tambem diariamente no trabalho, no café, seja onde for.
Muito se fala dos direitos de igualdade racial, da não discriminação por opções sexuais, do simples direito à diferença, de como pessoas sermos únicos.
Se há sentimento a abarcar todo estes direitos cada vez mais importantes nas nossas vidas ele é a tolerância.
Temos de pressionar tudo e todos para que cada vez mais a tolerância faça parte da nossa vida.
Ser fumador, ser alpinista, ser gay, ser solteiro, ser gordo, ser o contrário de tudo isto, ser .... nós somos, somos todos pessoas iguais na nossa capacidade de ser.
Vamos cultivar a tolerância.
Tolerância é respeito, é aceitar todos os outros como eles são.
Tolerância é amor, é aceitar quem tem opções diferentes das nossas perante a vida e amá-las, até por isso.

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25 fevereiro 2004

Viagens



Estão de volta, anúnciam tempos quentes.
A cada movimento sobre a minha cabeça
sorrio.
E acontece ir com elas em pequenas viagens
é quando ouço o som da terra
longe...
O azul do rio é mais belo
quando o vento me empurra para norte.
De lá vem o frio
mas eu vou, não importa.
Estão de volta, anúnciam tempos quentes.



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23 fevereiro 2004

Liberdade de Pensamento

Para que nunca mais nos tirem a liberdade.
Nunca mais.



Os Eunucos

Os eunucos devoram-se a si mesmos
Não mudam de uniforme, são venais
E quando os mais são feitos em torresmos
Defendem os tiranos contra os país

Em tudo são verdugos mais ou menos
No jardim dos harens os principais
E quando os mais são feitos em torresmos
Não matam os tiranos pedem mais

Suportam toda a dor na calmaria
Da olímpica visão dos samurais
Havia um dona a mais na satrapia
Mas foi lançado à cova dos chacais

Em vénias malabares à luz do dia
Lambuzam da saliva os maiorais
E quando os mais são feitos em fatias
Não matam os tiranos pedem mais



O Zeca Afonso morreu a 23 de Fevereiro do ano nunca.

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Spot

É a noticia do dia. Qual muro na Palestina, qual atentado suicida, tudo se reduz a nada perante a desgraça que caíu na Casa Branca.
Morreu Spot a cadela do presidente norte-americano George Bush.



Tanto quanto se sabe o animal morreu de desgosto.
Como se pode ver nesta foto o mister Bush faz uns passes de dança em frente ao animal que de uma forma muito digna nem se mexe.
Amigos intímos disseram que Spot desistiu de viver quando se apercebeu que as sua opiniões de assessora não eram mais consideradas pelo mister.
Já não aguentava mais conviver com tanta irresponsabilidade, terá dito Spot a amigos antes de morrer.
Paz à sua alma.

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22 fevereiro 2004

Scones

A pedido de algumas famílias aqui fica a receita dos tradicionais Scones, que um amigo bloguista tentou fazer, é fácil como podem constatar.



Composição :

1 pitada sal (i)

1 ovos (i)

1 colher (sopa) fermento em pó (i)

1 colher (sopa) margarina (i)

6 colher (sopa) leite (i)

3 colher (sopa) açúcar (i)

16 colher (sopa) farinha de trigo (i)


Peneire a farinha com o fermento para uma tigela. Ponha por cima todos os outros ingredientes e amasse muito ligeiramente a massa, só para ligar tudo, sem a bater nem cansar. Ponha a massa por cima de uma superficie enfarinhada e faça um rolo. Corte-o em 14 ou 16 pedaços semelhantes, conforme o tamanho que mais lhe convier. Ajeite os scones, faça-lhes um risco fundo ao comprimento com uma faca de madeira e coloque-os num tabuleiro enfarinhado. Leve a cozer em forno quente (225ºC), previamente aquecido, durante aproximadamente 15 minutos. Depois de cozidos, abra-os de lado e ponha dentro uma nozinha de manteiga.

Nota: Se ficarem muito cozidos utilizem como arma de arremesso, se ficarem fofos telefonem!

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18 fevereiro 2004

Foto



Os suaves lamentos dos cabos a roçar na amura
a água a passar devagar sob o ventre carregado de vida.
O sol que não espreita por entre as nuvens finas...
são névoas de Outono que chegam de alto mar.
Só uma gaivota grita e de asas abertas
pousa nas madeiras húmidas
e acaricia o convés.
Velho barco
calmo e repousado nas margens deste rio
com saudades de navegar.

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17 fevereiro 2004

A vingança do bicho

Pedrito de Portugal ficou ferido domingo na coxa quando se preparava para matar um touro na praça de Mérida, no México. Para quem não sabe este rapaz é assim uma sumidade na arte (?) de matar os ditos animais.
Foram só dois golpes de 20 centímetros na parte posterior da coxa esquerda, que chatice.
Manifesto aqui o meu apreço e reconhecimento ao valente animal, do qual desconheço o nome, que assim se vingou de várias feridas com mais do que os míseros 20 cm.

Viva o Touro!

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13 fevereiro 2004

A Polaroid morreu

Andy Wharol com uma Polaroid na mão criou a magia da imagem do momento, a arte em directo a fama num segundo para além dos tais quinze minutos.



Andy morreu ... a Polaroid também!

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11 fevereiro 2004

Free at last

Foi aprovada ontem a proposta de lei do governo frânces que proibe o uso de sinais religiosos ostensivos nas escolas.
Mas só nas escolas? E no metro? E nos cafés? Esta lei tem de ser alargada a todo o país.



A grande vantagem desta decisão é que finalmente nos obrigam a ser livres. A partir de agora as muçulmanas ficam com a liberdade de serem obrigadas a não poder usar o véu. Mesmo que queriam não podem deixar de ser livres.
O próximo passo na obrigatoriedade da liberdade pode bem ser a proibição dos africanos irem para a escola de cabelo encaracolado ou mesmo as tradicionais pulseirinhas brasileiras serem consideradas um sinal religioso ostensivo ao culto de Iamanjá.
Como somos todos uns asnos e uns inúteis temos de agradecer a quem se preocupa em nos libertar.
Só tenho uma dúvida, qual será a dimensão de uma cruz para ser considerada como sinal religioso ostensivo?
Free at last!

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09 fevereiro 2004

Maria João Pires

Em contaponto com os prémios BALÕES DE FARINHA 2003, que são uma maravilha e fica já dito, e para que não se pense que tudo é mau, aqui fica a minha paixão de adolescente.


Paixão da qual nunca me libertei, Maria João Pires e a sua música.

Aliar a técnica à liberdade de expressão e à dinamica criativa tem sido o percurso desta grande pianista, sem histerias, sem uma grande máquina de promoção atrás de sí, mesmo sem pertencer ao lobby certo ela delícia com a magia da sua interpretação.
Gosto particularmente dos nocturnos de Chopin.


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04 fevereiro 2004

O Velho e o Mar


Ando com saudade de ir pescar.
Pode parecer estranho como uma actividade como a pesca se cola à nossa pele de citadinos engravatados.
Mesmo que tente há coisas que não tenho a habilidade de exprimir, e os sentimentos são mesmo os mais difíceis para mim.
Pescar é um acto quase religioso, de comunhão e respeito entre nós e a natureza.
Sentimentos de amor em cada movimento, das mãos, dos olhos, do piar das gaivotas, da água salgada a ficar espuma branca e a vir beijar os nossos pés.
Fico como que suspenso, num estado misto de contemplação e meditação.
Sinto que me fundo com o mar o céu as nuvens. Deixo de ser o eu isolado e solitário para passar a fazer parte de um todo. É o estar só mas nunca me sentir só.
Talvez seja o acerto de contas entre o eu e o eu, o arrumar de conflitos que só nós sabemos, de nós.

Já tarde na vida comecei a pescar e ainda mais tarde li pela primeira vez, penso que já o li mais umas duas vezes, O Velho e o Mar de Ernest Hemingway.
O respeito que temos por nós advém do respeito que temos pelos outros seres vivos.
Nunca me canso de contar a história do velho pescador de Sines que me levou a pescar há uns anos atrás e que para meu espanto os poucos peixes que não devolvia ao mar, matava de imediato com uma pequena faca. Perguntei-lhe porque o fazia, olhou-me nos olhos e perguntou, também gostava de morrer assim em agonia? se o queremos comer o melhor mesmo é matar o bicho para que não sofra.

Este velho pescador de Sines, a quem presto homenagem, bem que podia ser o anti-herói de Hemingway.

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03 fevereiro 2004

Dia Feliz

Há coisa melhor do que ver a pessoa amada assim?
Estou feliz!

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02 fevereiro 2004

república das Bananas

E pronto, se alguma coisa nos faltava para a república das Bananas ser oficial, deixando de ser o sonho de alguns, estamos safos!
Ao que parece o partido do cavalheiro quer que o mesmo seja o próximo presidente da assembleia da república


Ó pra ele aqui em farda de gala.
(Teve de substituir o fatinho a meio da noite porque já não se podia estar ao pé dele com o cheiro a sovaco.)

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