28 outubro 2004
Confuso?
Tenho andado um pouco afastado das Revoluções, problemas de trabalho aliados a outros factores bem melhores.
Ontem tive uma noite no mínimo confusa.
Aplaudi o Prof. Marcelo Rebelo de Sousa pela frontalidade e por conseguir chamar as coisas pelos nomes. Não sou do PSD e isso começou a baralhar a minha cabeça.
Aplaudi o FêCêPê de pé, só mesmo este grupo de morcões para me dar alegrias. Não sou do FêCêPê o que ainda me baralhou mais.
Será que me devo reposicionar perante estes acontecimentos?
Que mais me irá acontecer?
22 outubro 2004
ORGASMOS COM E SEM PILA
Quem é amigo? Sou eu, é só carregarem no boneco e vão dar a uma página que vos pode ser muito útil.De preferência isto deve ser lido a dois. Mandem os putos para casa da avó e depois logo se vê.
(Vocês desculpem mas isto são influências de uns blogues que ando a ver e por ter o disco rígido cheio, tenho de apagar alguns programas)
20 outubro 2004
Reciclar ou desperdiçar?
Mais do que reciclar os nossos lixos o que devemos fazer mesmo é evitar criar o dito.
O mau exemplo que aqui trago é o de um colega de trabalho que na ânsia de mostrar que trabalha muito e que trata de tudo e mais alguma coisa, tipo, se eu me vou embora esta merda para toda, tem por hábito imprimir desalmadamente tudo o que lhe enviam por email. Até as piadas que recebe, aquelas que rodam por todos nós, ele imprime.
É um desperdicio de papel, de tinta de tudo. São resmas de papel que vai para reciclar todos os dias só à conta deste grande trabalhador, de tal forma que até se esquece de tirar as folhas já impressas da impressora, claro, não lhe fazem falta nenhuma.
O outro exemplo vem de um colega alemão veio estagiar para a empresa. Pediu-me para ir com ele a um supermercado comprar cervejas e outras bebidas porque no hotel são muito caras. Chegados ao supermercado olhou e optou por comprar as garrafas com tara a devolver, não só pelo preço mas porque não tinha de deitar para o vidrão todas aquelas garrafas. É só ir lá devolver as garrafas e já está disse ele. Bonito de ver e um exemplo a seguir.
19 outubro 2004
Fast Food
Joss Stone, 17 anos, inglesa, dois discos no activo, já dois discos, The soul Sessions e Mind, Body & Soul.
Dizem da Joss que é a voz mais Soul que apareceu nos últimos tempos, a temperar tudo isto a rapariga não quer desiludir os seus admiradores da mesma forma que não quer perder o amor da sua vida, já o encontrou, o músico Beau Dozier. Tudo é rápido à velocidade do som.
Tanto em tão pouco tempo. Toda a emoção, toda a voz, toda a fama, toda a máquina da indústria discográfica apontada para a facturação.
Nem as deixam crescer, de tão ávido que anda o mercado a star is born a cada três dias.
Fast food?
18 outubro 2004
É preciso entender o tempo em que se vive
José Saramago em entrevista à TSF disse: «É preciso sair de uma tendência para uma certa glosa de ideias que não quero dizer que sejam válidas, mas que na formulação estão bastante cansadas. É preciso entender o tempo em que se vive», acrescentou Saramago. Sugere ainda uma reflexão profunda aos militantes comunistas, que não devem esquecer a auto-crítica.
Subscrevo.
Disse ainda José Saramago: Carlos Carvalhas nem sempre deixou marcas totalmente positivas durante os 12 anos de liderança no PCP.
Subscrevo.
Para terminar disse que encarava como natural a hipótese de Jerónimo de Sousa ser o novo secretário-geral dos comunistas se assim o congresso o entender.
Não subscrevo.
Mais do mesmo? Até quando?
14 outubro 2004
Felicidade
Hoje vi o brilho da felicidade nos olhos de uma menina. Foi maravilhoso, há muito tempo que não sentia nada assim. Não resisti e roubei um pouco daquele brilho de felicidade dos olhos da menina.
A criança puxava a mão da mãe, de mansinho, e ela distraída continuava a olhar para os panos, as almofadas as colchas. Também ela transpirava felicidade, mas mais discreta e comedida. A menina continuava a puxar a mão da mãe, de mansinho e sem se aperceber a mãe foi conduzida para o corredor dos brinquedos do hipermercado.
Os olhos da criança brilhavam e percorriam as estantes de alto a baixo a uma velocidade estonteante em contraste com a serenidade do corpo que parecia não alojar aqueles olhos, só as mãos atrás das costas a atraiçoavam, contorcia os dedos freneticamente, mas não mexia em nada.
Pelo que podia ver ia comentando com a mãe os sonhos ali expostos. Era uma conversa calma e suave, onde a contenção era uma defesa de ambas concluí eu mais tarde.
A menina parou e olhou demoradamente para uma pequena boneca, apontou com o queixo e disse algo à mãe que se baixou e a agarrou, virou-a e revirou-a até que a filha com um dedo muito esticado lhe mostrou o preço que estava colocado na estante.
A mãe olhou para a boneca, de seguida para a menina e sorriu ao mesmo tempo que lhe metia nas mãos aquele pedaço de sonho. Foi aí que eu lhe roubei um bocadinho da felicidade que saía daqueles olhos muito azuis, não lhe fez falta nem eu me senti culpado, tanta ela era.
Como foi fácil fazer feliz aquela menina pensei eu, mas não foi, fácil foi constatar o contrário ao olhar para as compras que mal cobriam o fundo do carrinho de supermercado.
A língua que falavam era agreste aos meus ouvidos, mas era quase cantada, carregada de emoção e ternura, deixando adivinhar longas horas de viagem para chegarem aqui, a terra onde podem concretizar os sonhos por muito pequeninos que sejam.
Ainda agora fico com um brilho estranho nos olhos quando penso naquela menina e nos seus sonhos.
13 outubro 2004
Não sabem quem é?
12 outubro 2004
PIRATA
Sou o único homem a bordo do meu barco.
Os outros são monstros que não falam,
Tigres e ursos que amarrei aos remos,
E o meu desprezo reina sobre o mar.
Gosto de uivar no vento com os mastros
E de me abrir na brisa com as velas,
E há momentos que são quase esquecimento
Numa doçura imensa de regresso.
A minha pátria é onde o vento passa,
A minha amada é onde os roseirais dão flor,
O meu desejo é o rastro que ficou das aves,
E nunca acordo deste sonho e nunca durmo.
Sophia de Mello Breyner
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Os outros são monstros que não falam,
Tigres e ursos que amarrei aos remos,
E o meu desprezo reina sobre o mar.
Gosto de uivar no vento com os mastros
E de me abrir na brisa com as velas,
E há momentos que são quase esquecimento
Numa doçura imensa de regresso.
A minha pátria é onde o vento passa,
A minha amada é onde os roseirais dão flor,
O meu desejo é o rastro que ficou das aves,
E nunca acordo deste sonho e nunca durmo.
Sophia de Mello Breyner
11 outubro 2004
Ó PATEGO OLHÓ BALÃO
O dia de hoje está nublado, como nublado está o futuro deste país.
Enquanto a comunicação social nos vai distraindo com ilegalidades como o telheiro da casa da Arrábida do Nobre Guedes o governo, pela voz do PM vai dizendo e desdizendo na medida certa de forma a nos embalar para um sono profundo.
Esclarecedor o artigo de opinião do Público de hoje assinado por Eduardo Cintra Torres, que elucida a quem precisar q.b. sobre o nosso provável futuro.
Qual máquina de propaganda de III Reich, o aparelho do partido no poder manipula, censura e edita o que bem lhe interessa.
Assim fácil é governar, quando a única preocupação é gerir e controlar os media, deixando os actos de governação para a minoria das minorias do CDS. Esses sim, estão a gerir o nosso destino com a liberdade que nunca julgaram ser possível, destruindo 30 anos de conquistas democráticas.E nós vamos continuar adormecidos pelos acontecimentos fabricados pela máquina de propaganda do PSD? Será que voltaram as conversas em família pela mão do Bagão Félix? E onde anda o PR?
08 outubro 2004
ESPANHOLADAS
Um homem dirige-se ao balcão e pede 3 cafés e como sempre o empregado pergunta:
-Solo o con leche?
-Café solo por favor, responde o cliente.
Como o homem estava só o empregado estranha os 3 cafés e pergunta:
- Pero se eres solo uno para que quieres 3 cafés?
Ao que o homem responde:
- És uno para mim, uno para ti y otro para tu puta madre.
O empregado olha para ele sem saber o que fazer, se lhe der um soco ainda é despedido e pensa, se calhar nunca mais o vejo quero lá saber e dá-lhe os 3 cafés.
No dia seguinte logo que abre o Café aí está outra vez o mesmo homem e todo o diálogo se repete, só que desta vez o empregado não se aguenta, sai do balcão e desata a bater no outro de tal forma que é preciso vir o patrão para o acalmar. O patrão que assistiu a toda a história desde o primeiro dia não tem coragem para despedir o empregado.
Ao terceiro dia ainda mal tinha aberto a porta o que vê o empregado? o tal cliente mais uma vez, todo cheio de gesso, ligaduras a cochear e com os lábios todos pisados.
O homem entra, dirige-se para o balcão e pede 2 Cafés.
E o diálogo repete-se:
-Solo o con leche?
-café solo por favor.
O empregado não se contem e pergunta:
-Pero se eres solo uno para que quieres tu 2 cafés?
Resposta:
-És uno para mim y otro para tu puta madre, que tu te pones muy nervioso con café.
06 outubro 2004
Monarquia
Faz agora um ano que bostei a minha opinião sobre os festejos 05 de Outubro 1910.
A união de um país não se faz com presidentes de cartão colorido.
Continuo a pensar o mesmo, e vocês?
O que é que se festejou ontem 5 de Outubro?
A instauração da república?
Festejar o quê?
A república não tem servido o povo português..
A monarquia vive em séculos de história de que nos orgulhamos, é urgente repensar Portugal independentemente das nossa ideologias políticas.
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A união de um país não se faz com presidentes de cartão colorido.
Continuo a pensar o mesmo, e vocês?
O que é que se festejou ontem 5 de Outubro?
A instauração da república?
Festejar o quê?
A república não tem servido o povo português..
A monarquia vive em séculos de história de que nos orgulhamos, é urgente repensar Portugal independentemente das nossa ideologias políticas.
04 outubro 2004
Alcochete, Tejo, rio, sol, natureza e tudo o mais...
É mais forte do que eu, não consigo deixar de olhar e achar estranho, como às portas da capital, Lisboa, uma Câmara Municipal, a de Alcochete, deixa estar afixado um painel como este, a 20 metros da porta principal.
A obra ainda não está licenciada, mas está praticamente concluída.
Quem passa as licenças no município de Alcochete não é a Câmara de Lisboa.
Será que são todos cegos? ou será que ninguém se quer chatear com nada nesta terra?